Vereadores rejeitam pedido de CP para investigar radares em Marília

Foram apenas quatro votos favoráveis, contra oito pela rejeição. Foto: Divulgação

Os vereadores de Marília rejeitaram o pedido de abertura de CP (Comissão Processante) contra o prefeito Daniel Alonso (sem partido) para investigar o contrato licitatório dos radares de Marília. A denúncia, protocolada pelo ex-vereador Roberto Monteiro, recebeu oito votos contrários e apenas quatro favoráveis na sessão ordinária da Câmara Municipal realizada nesta segunda-feira (19).

Votaram a favor da abertura da investigação os vereadores Junior Féfin, Rogerinho, Danilo da Saúde e o presidente da Casa, Eduardo Nascimento. Pela rejeição, votaram Luiz Eduardo Nardi, Dr. Nechar, Evandro Galete, Marcos Rezende, professora Daniela, Junior Moraes, Vânia Ramos e Dr. Elio Ajeka. Marcos Custódio não compareceu à votação.

O pedido de instauração da CP tinha como objetivo apurar eventuais ilegalidades cometidas no processo de licitação que originou a instalação de radares no município, bem como a anulação de todas as multas já aplicadas por meio da aferição dos aparelhos e a anulação do contrato com a empresa vencedora do certame, Talentech Tecnologia Ltda.

Segundo consta no documento protocolado por Monteiro, “observa-se atos suspeitos e nebulosos, ou melhor, ilícitos, quanto à lisura do certame, uma vez que as empresas participantes possuem laços jurídicos entre si, através de CNPJ’s ativos, o que elimina a competitividade entre os participantes por se tratar de um grupo que atua conjuntamente”.

Ainda na denúncia, o ex-vereador aponta que a mesma empresa já foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em Avaré, onde foi recomendada a devolução de todas as multas aplicadas, remoção dos radares e cancelamento do contrato. Ele também questiona a falta de transparência da empresa e supostos erros no estudo técnico de instalação em Marília.

Segundo a Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana), até o último dia de 29 de fevereiro, já haviam sido aplicadas 77.967 penalidades por meio dos radares, totalizando R$ 3.546.351,21 de receita. Já a Talentech havia recebido R$ 1.427.739,71 até aquele momento.

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