Nessa segunda-feira (9), o candidato Walmir Bordim, do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), foi impugnado pela Justiça Eleitoral e teve o seu registro considerado inapto no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A decisão é em primeira instância e ele ainda pode recorrer.
O juiz Luciano Siqueira de Pretto, da 159ª Zona Eleitoral de São Paulo, avaliou que apesar do Drap (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários) estar deferido, Walmir não preencheu todas as condições legais para concorrer ao pleito de outubro, já que teve as contas rejeitadas durante a função pública. Ele foi prefeito de Ubirajara em 2015 e dois anos depois teve a prestação das finanças municipais julgada irregular pela Câmara de Vereadores. O caso foi apresentado à Justiça Eleitoral pelo promotor Cristiano de Barros Santos, através do MPE (Ministério Público Eleitoral), e também houve pedido do PP (Progressistas).
De acordo com a sentença publicada, o candidato alegou em sua defesa que, por não haver imputação de débito na conduta responsabilizada a ele, a hipótese não se enquadra “na inelegibilidade da alínea g, inciso 1, do artigo 1º da LC n. 64/90”. Mas, segundo o juiz, consta encaminhamento de ofícios do TCE (Tribunal de Contas do Estado) informando a ocorrência de déficit financeiro e, ainda assim, “não foi equacionado no sentido de fazer cessar as condutas ou minimizar o impacto havido nas contas públicas”.
Bordim foi escolhido como pré-candidato pelo MDB no dia 27 de julho, em convenção com o PSB (Partido Socialista Brasileiro), por meio da coligação “Juntos por uma cidade melhor”. Cleiton José Ricardo de Morais foi escolhido para concorrer ao seu lado como vice-prefeito. Os dois partidos confirmaram também nove nomes para concorrer ao Legislativo, sendo três mulheres. A reportagem do O DIA procurou Walmir Bordim, sua assessoria de imprensa e também o advogado de defesa que consta na procuração registrada no TSE, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
