Em comemoração ao Agosto Dourado, a UBS (Unidade Básica de Saúde) de Lupércio promove no próximo dia 29 ação de orientação sobre a importância do aleitamento materno. Palestra vai destacar o tema e também abordar que a doação de leite humano é fundamental para ajudar bebês prematuros hospitalizados. Segundo a secretária da Saúde do município, Nayara Cristina Gimenes Rodrigues, os assuntos serão apresentados pela enfermeira do Banco de Leite Humano de Marília, Sandra Domingues.
“A palestra faz parte das atividades do Agosto Dourado e será realizada na UBS para gestantes e mamães que estão amamentando de Lupércio e de Santa Terezinha. A Sandra vai orientar sobre a amamentação, a importância deste ato e da doação de leite. O evento também vai contar com a presença da psicóloga, da enfermeira e da dentista da unidade, além de agentes comunitários de saúde”, destaca a secretária em entrevista ao O DIA.
Nayara comenta que a palestra terá início às 9h30 e ressalta que a participação de todas as convidadas é fundamental. Lupércio realiza todos os anos atividades ligadas ao Agosto Dourado. “A amamentação não é importante apenas para a saúde da criança, mas também para a conexão entre mãe e filho”, conclui a gestora da Saúde municipal.
No Brasil, a campanha de Agosto Dourado é instituída pela Lei Federal número 13.345, de 12 de abril de 2017. A cor dourada foi estabelecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que considera o leite materno um “alimento de ouro”. Ainda de acordo com a Organização, a recomendação é que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. Após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, a orientação é que sigam sendo amamentados até, pelo menos, os dois anos.
A amamentação é o único fator que, isoladamente, pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis, conforme o Ministério da Saúde.
Meta é chegar a 70% de aleitamento exclusivo até 2030
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil vem evoluindo nas taxas de amamentação ao longo das décadas, mas ainda está abaixo do recomendado. “A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de seis meses no país foi de 45,8%, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil publicado em 2021. Representa um avanço relevante em cerca de três décadas, pois o percentual era de 3% em 1986”.
Na década de 70, as crianças brasileiras eram amamentadas, em média, por dois meses e meio. Agora, a duração média é de 16 meses, o equivalente a um ano e quatro meses de vida.
A meta estabelecida pela OMS é que, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente com leite materno. E a expectativa é que esse índice, até 2030, chegue a 70%.
O Ministério da Saúde reitera que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarreias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos. Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário.