Após queda de parte do teto de prédio, Defensoria reitera pedido de multa

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo reiterou, na manhã dessa terça-feira (16), pedido para a imposição de multa diária à Prefeitura de Marília para garantir o cumprimento da decisão judicial, do dia 18 de dezembro, que obriga a remoção de moradores do conjunto habitacional “Paulo Lúcio Nogueira”, popularmente conhecido como “predinhos” da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na região Sul. Além de retirar os moradores dos imóveis, a prefeitura tem que pagar aluguel social a eles até a construção de novas moradias.

O novo pedido foi apresentado ao TJ-SP (Tribunal de Justiça) após o desabamento de parte do reboco do teto no bloco B1, ocorrido nessa segunda.Ninguém se feriu, mas o incidente assustou os moradores. Última perícia técnica realizada nos prédios confirmou que o risco de desabamento é iminente. 

Após a acusação da prefeitura de que protesto dos moradores, ocorrido em frente ao Paço Municipal, tinha viés político e que o município tentou marcar uma reunião para ouvi-los sem sucesso, lideranças do movimento divulgaram nota. Destacaram que só foram comunicados do interesse da prefeitura ao fim do protesto, mesmo a manifestação tendo sido divulgada na semana passada. “Queremos, sim, uma reunião para que a administração municipal apresente aos moradores, e a toda imprensa de Marília que acompanha este drama, os planos e prazo de retirada dos moradores, pagamento do aluguel social, local da construção das novas moradias e o cronograma da execução das obras.”

Sobre a ligação do protesto com um vereador da oposição, citada em nota pela prefeitura, os moradores do CDHU afirmam que todos da Câmara foram convidados a se envolverem, para, juntos ao Conselho de Habitação, buscarem uma solução para a situação dos prédios, contudo apenas Eduardo Nascimento (PSB) demonstrou interesse. 

A assessoria de imprensa da prefeitura foi acionada para dar um posicionamento quanto à uma nova data da reunião com moradores, mas até o fechamento desta matéria não se manifestou.

Leia também