Depois de anos como um problema histórico na cidade, o prédio do barracão da extinta Fepasa (Ferrovia Paulista), antiga empresa estatal de transporte ferroviário de passageiros e cargas do estado de São Paulo, será demolido. Segundo a Prefeitura de Vera Cruz, a estrutura está localizada junto à linha férrea, que corta a cidade e que hoje tem o trecho concedido à Rumo Logística.
De acordo com o Executivo, o prédio em ruínas, que é de responsabilidade da União, está abandonado e há anos representa um grave risco à saúde pública e à segurança dos moradores. Conforme o procurador jurídico do município, Fábio Cassaro, o barracão será removido após uma ação judicial. “Em 20 de fevereiro deste ano, ingressamos com uma ação na Justiça Federal. Foi necessário recorrer à Justiça e, durante esse tempo, realizar tratativas com a União, que representa o imóvel, para verificar se havia interesse cultural ou histórico. Diante da negativa, nos comprometemos a demolir a estrutura com recursos próprios e dar a destinação adequada aos resíduos”, explicou o procurador.
A administração municipal afirma que a situação foi se agravando ao longo do tempo, devido à proliferação de animais peçonhentos, ocupação irregular por pessoas em situação de rua e usuários de drogas. Após diversas diligências e vistorias técnicas realizadas pela SPU (Superintendência do Patrimônio da União) e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi confirmado que o imóvel, além de estar em ruínas, não possuía valor histórico ou cultural.
REGIÃO /Em setembro, a Rumo Logística, concessionária responsável pela ferrovia no trecho que passa por Vera Cruz e Marília, informou ao O DIA que existem obras de reativação do ramal que corta os municípios da região. Os trabalhos começaram em junho deste ano e têm previsão de conclusão em 2028, conforme contrato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Ainda de acordo com a empresa, existe um processo de reativação da malha ferroviária local e que está dividido em três etapas: limpeza da vegetação ao longo da linha; recuperação da infraestrutura, que inclui correção de erosões e ajuste de cortes e aterros; e a substituição de dormentes, trilhos e lastro de brita, entre outros.
