A Câmara Municipal de Marília promoveu uma audiência pública, a pedido da Prefeitura, na última sexta-feira, dia 30, para apresentação das metas fiscais do primeiro quadrimestre de 2025. Números apresentados mostraram que o ex-prefeito Daniel Alonso (PL) deixou dívidas de R$ 88,7 milhões para o atual gestor Vinicius Camarinha (PSDB) pagar nos primeiros meses de governo.
A audiência foi conduzida pelo secretário municipal de Finanças e Planejamento Econômico, Rafael Rastelli Barbosa, que explicou que essas dívidas devem ser sanadas dentro de um curto prazo. A não quitação trava a “saúde financeira” da Prefeitura.
“São restos a pagar para fornecedores e que foram parcelados pela administração passada, além dos débitos existentes com o Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília). Este montante ficou pendente em 2024 e a Prefeitura precisa quitar num curto período de tempo neste ano vigente”, informou Rastelli.
Segundo a pasta de Finanças, o saldo devedor com o Ipremm, atualizado em 30 de abril de 2025, ultrapassa os R$ 670 milhões. No total, as dívidas deixadas por Daniel Alonso para Vinicius chegam a R$ 896 milhões. Os números só não são maiores porque o atual governo já iniciou parte dos pagamentos.
“Nós tivemos que ‘sacrificar’ o caixa de 2025 para quitar dívidas de 2024. Na Educação, por exemplo, o Município não cumpriu no ano passado o investimento de 25% nesta área, dentro da totalidade dos recursos próprios – o que é exigido pela Constituição. Houve apenas 23% de aplicação no ensino municipal. Já a atual administração, do prefeito Vinicius, elevou este investimento para 30%, bem acima da exigência, nesses primeiros meses de governo”, detalhou.
