Os investimentos anunciados para geração de energias verdes (limpas e renováveis) na região administrativa de Marília somaram, desde 2019 até agosto de 2024, R$ 372 milhões. Em todo o Estado, o valor chegou a R$ 13,8 bilhões. Os dados são da Piesp (Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo), da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
O total investido na região é referente a três aplicações divulgadas: a modernização da uma usina em Palmital, em 2019, para retomada da produção de etanol, no valor de R$ 6 milhões; a construção de uma unidade de geração de eletricidade a partir de biomassa da cana-de-açúcar, ao lado da usina sucroalcooleira de Paraguaçu Paulista, em 2021 e que custou R$ 150 milhões; e a instalação de uma usina de biometano, utilizando o biogás produzido com resíduos da cana-de-açúcar, também em Paraguaçu Paulista, para atender aos clientes de Araçatuba, Londrina, no Paraná, com investimento de R$ 216 milhões.
Os ambientalistas consideram como energia verde aquelas geradas a partir de fontes renováveis e limpas, como o vento, a luz solar, a biomassa, o biogás, a maré, entre outras. É uma alternativa sustentável à energia fóssil, que é gerada a partir de combustíveis como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.
No Estado, dos R$ 13,8 bilhões, 78% referem-se à energia produzida por meio de biomassa (R$ 10,7 bi), sendo as demais inversões nas fontes solar (R$ 2,5 bi) e hídrica (R$ 565 mi). Quase metade dos recursos anunciados para energias verdes destinaram-se à região administrativa de Araçatuba (R$ 3,8 bi) e à região metropolitana de São Paulo (R$ 2,6 bi). Também foram expressivos os valores direcionados às regiões de Franca e Bauru (R$ 1,7 bi para cada região), Ribeirão Preto (R$ 1,2 bi) e Campinas (R$ 849 mi). Os investimentos com abrangência inter-regional (sem especificação de valor para cada região) totalizaram R$ 810 milhões.