quinta-feira, 7
de
agosto
de
2025
🌞 23°C

Energia suficiente para 262 casas: CPFL recupera ‘gatos’ em 11 cidades da região

CPFL Paulista realiza operações contra fraudes e furtos de energia em Marília. Foto: CPFL/Arquivo

A CPFL Paulista identificou e regularizou 407 ligações clandestinas de energia elétrica em 11 municípios da região de Marília ao longo de 2024. A quantidade de energia desviada pelos “gatos” nesse período chegou a 527 MWh (megawatts-hora), volume suficiente para abastecer 262 residências durante um ano inteiro. Os dados foram divulgados pela distribuidora como parte do balanço das ações de combate a fraudes e furtos de energia.

Somente em Marília, cidade com o maior número de ocorrências da região, foram 337 ligações regularizadas em 2024, com 450,5 MWh de energia recuperada. No primeiro trimestre de 2025, o município já soma outras 117 ligações normalizadas e mais de 40 MWh restituídos, o equivalente ao consumo anual de 20 casas.

Na região, incluindo as cidades de Alvinlândia, Herculândia, Lupércio, Ocauçu, Oriente, Pompeia, Queiroz, Quintana, Ubirajara e Vera Cruz, foram regularizadas 142 ligações entre janeiro e março de 2025, resultando na recuperação de 50,7 MWh de energia — o suficiente para abastecer cerca de 25 residências pelo período de um ano.

INVESTIMENTO /As ações fazem parte de um investimento mais amplo da CPFL, que prevê aplicar R$ 400 milhões até 2029 na área de recuperação de energia em toda sua área de concessão. Desse total, R$ 105 milhões já foram destinados somente em 2025, com foco na instalação de tecnologias de monitoramento, inteligência artificial e ações em parceria com autoridades policiais.

“Com os pontos já mapeados por nosso sistema, temos um ganho considerável em assertividade das inspeções. Seguimos dedicando nossos esforços para coibir as ligações clandestinas e garantir a qualidade da energia que distribuímos à população”, afirma Jean Oliveira de Santana, gerente de Recuperação de Energia da CPFL Paulista.

Entre as medidas adotadas estão a instalação de caixas blindadas em imóveis com histórico de reincidência, inclusive grandes comércios e indústrias, dificultando alterações indevidas nos medidores. A distribuidora também criou uma divisão especializada, com mais de 300 profissionais dedicados exclusivamente ao combate às fraudes.

CRIME /Segundo a CPFL, o furto de energia é crime previsto no Código Penal e pode resultar em pena de até quatro anos de prisão. Além disso, os prejuízos causados pelas fraudes, chamadas de “perdas comerciais”, são repassados às tarifas de todos os consumidores durante as revisões da Aneel, o que encarece a conta de luz da população.

A companhia orienta que casos suspeitos podem ser denunciados de forma anônima pelo aplicativo “CPFL Energia” ou pelo site www.cpfl.com.br/fraude.

Leia também