sábado, 2
de
novembro
de
2024
⛅ 29°C

Faturamento por aplicações de multas de trânsito dobra em Marília

Os números estão disponíveis no Portal da Transparência da Emdurb. Foto: Divulgação

As multas por infração de trânsito já renderam R$ 3,6 milhões aos cofres públicos de Marília somente em 2024. A informação consta no relatório de receitas da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana), disponível em seu Portal da Transparência.

O valor, referente aos quatro primeiros meses deste ano, representa 44% da arrecadação total dos 12 meses de 2023, contabilizada em R$ 8,2 milhões. É também registrado como 92% de toda a receita relatada pela Emdurb em 2024, de R$ 3,9 milhões.

DOBROU /Entre 1 de janeiro e 14 abril de 2023, o valor recebido pela Emdurb em multas por infrações foi de R$ 1,8 milhão. Na ocasião, os radares de velocidade ainda não haviam entrado em funcionamento.

Com os medidores em operação, no mesmo período deste ano, a receita da empresa dobrou, atingindo um aumento de 100% no faturamento.

Entretanto, foram 254 multas aplicadas em 2024 contra 259 no mesmo período do ano passado. Não há detalhamento do tipo de penalidade e meio utilizado para a aplicação.

RADARES /De acordo com a Emdurb, entre 22 de maio de 2023 e 29 de fevereiro de 2024, já haviam sido aplicadas 77.967 penalidades por meio dos radares, totalizando R$ 3.546.351,21 de receita. Já a Talentech Tecnologia Ltda., empresa vencedora da licitação que originou a instalação dos equipamentos no município, havia recebido R$ 1.427.739,71 até aquele momento.

O certame já foi alvo de pedido de instauração da CP (Comissão Processante) na Câmara Municipal, com objetivo de apurar eventuais ilegalidades cometidas no processo de licitação, bem como a anulação de todas as multas já aplicadas por meio da aferição dos aparelhos e do contrato com a Talentech.

Na denúncia, foi apontado que a mesma empresa já teria sido alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em Avaré, onde foi recomendada a devolução de todas as multas, remoção dos radares e cancelamento do contrato.
Na ocasião, o pedido de abertura da investigação foi rejeitado pelos vereadores, por oito votos a quatro.

Leia também