A Prefeitura de Oriente, por meio das secretarias municipais do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Educação e da Cultura e Turismo, oficializou o tombamento da Figueira Branca (Ficus guaranitica) como patrimônio histórico e ambiental do município.
Localizada na área da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Professora Aparecida Lopes Ramos, no Centro da cidade, a árvore é considerada um símbolo natural de grande valor paisagístico, cultural e socioambiental. O ato de tombamento, realizado em setembro deste ano, garante à planta imunidade contra corte, mutilação, retirada, derrubada, queima, poda abusiva ou qualquer forma de remoção do terreno onde se encontra.
Para assegurar sua integridade, a administração municipal deverá empregar todos os meios técnicos, fitossanitários, operacionais e científicos necessários à conservação e preservação da árvore, assegurando sua vitalidade e proteção para as futuras gerações. Cabe também ao Poder Executivo promover o emplacamento do local, reforçando o compromisso da gestão em conciliar o desenvolvimento urbano com o respeito ao meio ambiente e à memória coletiva.
Entre as histórias que cercam a Figueira Branca, está a lembrança do aposentado Paulo Pilon, de 80 anos, que presenciou o plantio da árvore há 67 anos, durante as comemorações do Dia da Árvore, em 21 de setembro de 1958. “Eu tinha 13 anos e estudava no 5º ano da escola. Lembro-me do funcionário da Prefeitura trazendo a muda, da cerimônia com o Hino Nacional e da emoção daquele momento. Desde então, sempre que vejo a árvore, recordo aquele dia com carinho”, relembra.
Para a diretora da escola, Caroline Reis Gimenes, a árvore representa um elo vivo entre o passado e o presente da comunidade escolar. “Há décadas, ela acompanha o cotidiano da escola, acolhendo gerações de alunos e guardando incontáveis lembranças. O tombamento é um gesto de reconhecimento da sua importância histórica, ambiental e afetiva. Representa o cuidado com a natureza, o respeito à memória da escola e o compromisso de preservar nossas raízes”, destacou.
Carinhosamente apelidada de “Árvore Dinossauro” pelos alunos, a Figueira Branca segue sendo um marco da paisagem de Oriente — testemunha silenciosa da história, da educação e da convivência comunitária.
