O Hemocentro do HC-Famema (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília) está com o estoque de plaquetas zerado. Segundo a chefe de serviço técnico na hemoterapia, Maria Cristina da Costa, as plaquetas têm sido muito utilizadas em pacientes com dengue e onco hematológicos, que são pessoas que se tratam de doenças sanguíneas como a leucemia.
Ela explicou que, quando realizada a doação de sangue, suas partes são divididas e são utilizados de 50 a 70 ml de plaquetas de cada doador. Além da quantidade ser pequena, as plaquetas são válidas somente por cinco dias e, após esse período, devem ser descartadas. Nos últimos dias, o Hemocentro não descartou nenhuma quantidade de plaquetas, devido à baixa quantidade de doações.
Como alternativa, equipe do serviço de hemoterapia tem realizado a coleta de plaquetas por aférese, que é um procedimento cujo sangue do doador é retirado e, através de um equipamento, as plaquetas são separadas do restante do sangue, que é então devolvido ao doador. “Assim conseguimos uma média de 400 ml de plaquetas por doador, o que corresponde à doação comum de 8 a 10 doadores. Trata-se de um procedimento mais demorado, mas é uma opção para termos mais plaquetas”, explica Costa. Para realizar a doação por aférese o doador precisa pesar mais de 60 quilos, não ter tomado nenhum medicamento que prejudique a qualidade do sangue e, se mulher, não ter tido nenhuma gestação. Essas especificidades também dificultam encontrar doadores.
Para realizar a doação de sangue pelo procedimento comum, é necessário que a pessoa esteja em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas, não ter consumido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores e evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação.
O Hemocentro de Marília atende de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h, e recebe campanhas de doações aos finais de semana. Fica localizado à rua Lourival Freire, 240, no bairro Fragata.
