Há cinco dias, Herculândia está em estado de emergência, já que a estiagem e temperaturas extremas estão atingindo a cidade e atrapalhando a agricultura local. As afirmações estão no decreto do último dia 4 de abril, assinado pelo prefeito Paulo Sérgio de Oliveira, com duração de três meses. Neste período, todas as secretarias municipais ficam autorizadas a praticar atos ou expedirem declarações ou documentos complementares para implementar ações que possam diminuir os efeitos climáticos na economia local.
De acordo com o documento publicado pela prefeitura, a anormalidade no clima está em nível 2 de causas naturais, do grupo meteorológico, subgrupo temperaturas extremas e do grupo climatológico, subgrupo seca, da Classificação e Codificação Brasileira de Desastre.
Segundo a administração municipal, a proposta de elaboração do decreto foi feita pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a partir de um laudo técnico. Nele é apontado que as principais culturas prejudicadas em Herculândia são as de amendoim, cana-de-açúcar, milho, soja e café, além de pastagens e seringais.A Cati afirma que há relatos de perda média na produtividade de 30% e que, em alguns casos, até 100% de prejuízo em lavouras plantadas, fazendo com que agricultores não consigam cumprir os compromissos financeiros, principalmente no pagamento de financiamentos utilizados para o custeio da produção rural, ficando arriscados a entrar em endividamento no comércio de insumos.
