Portaria publicada no Domm (Diário Oficial do Município de Marília), da Corregedoria Geral, prorroga o prazo de intervenção municipal no Cacam (Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente), que fica localizado na região Norte da cidade. Segundo o documento, agora a interventora nomeada pela prefeitura fica na entidade assistencial até janeiro do próximo ano. O novo prazo passa a correr a partir de 18 de novembro e é de mais 60 dias, o que coloca na conta da próxima gestão a decisão sobre o futuro do Cacam. Enquanto isso, tem sequência a apuração de processo administrativo aberto pela Corregedoria.
A intervenção na entidade teve início em maio deste ano, motivada, segundo o município, por relatos de problemas no atendimento prestado, feitos pelo CMDCA (Conselho Municipal da Criança e do Adolescente) e o Conselho Tutelar. Na época, em entrevista ao O DIA, a equipe jurídica da entidade destacou que a intervenção era uma retaliação, após ações de autoria do Ministério Público que determinaram o fornecimento de transporte para as crianças atendidas pelo Cacam, além da atualização dos valores repassados para o centro de acolhimento. Em matéria publicada em 27 de julho pelo jornal, o advogado da entidade informou que o atendimento era voltado a 20 crianças, mas que naquele momento estavam sendo acolhidas 39.
O Cacam foi fundado como instituição de acolhimento em 1º de julho de 1992 para atender crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses, de ambos os sexos, encaminhados pela Vara da Infância e Juventude. Atualmente, com chamamento público, acolhe crianças de zero a 12 anos. No último dia 2 de novembro, foram publicados no Diário Oficial dois extratos de contratos com a entidade no valor de R$ 40 mil cada, como subvenção decorrente de emendas parlamentares, para a execução indireta de Serviço de Acolhimento Institucional a crianças e adolescentes.