Marília corre o risco de perder o tão sonhado Parque Tecnológico para Bauru, município vizinho, alerta o vereador Danilo Bigeschi, o Danilo da Saúde (PSDB), em requerimento que a Câmara irá votar na sessão ordinária desta segunda-feira, dia 13. Segundo ele, Bauru tem se mobilizado para a implantação do parque, inclusive com aprovação de dotação orçamentária para 2024.
“Isso impossibilitaria a instalação em Marília, devido à exigência da distância entre um parque e outro. É preciso que o prefeito [Daniel Alonso] informe quais são os motivos que têm impedido ou dificultado a obtenção do credenciamento definitivo e a instalação do nosso Parque Tecnológico, encaminhando cópias do trâmite do expediente administrativo”, destaca o parlamentar.
Marília obteve o credenciamento provisório do parque no ano de 2017, após cumprir algumas etapas do processo para instalação. Recurso foi conquistado, via Estado, para elaboração do projeto executivo, com estudo de viabilidade técnica, que foi feito e entregue à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, mas, pelo que o O DIA apurou com a pasta, ainda faltam documentos a serem encaminhados pelo município, exigidos no decreto 60.286, para obtenção do credenciamento definitivo. A prefeitura foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Para o vereador autor do requerimento, após sete anos, não há informação de qualquer avanço para instalação do espaço e, em razão disso, a cobrança está sendo feita. “A instalação de um Parque Tecnológico na cidade é muito importante, pois Marília já tem o reconhecimento do Estado como Centro de Inovação Tecnológica. A cidade poderá ser a primeira do Estado a ter credenciamento no SPAI [Sistema Paulista de Ambientes de Inovação], atraindo investimentos e gerando novas empresas, mais recursos. É preciso que se agilize isso, para não perdermos essa oportunidade.”
INVESTIMENTO /Conforme anunciado pela prefeitura, no fim de 2021, o Parque Tecnológico de Marília terá investimento que pode chegar a quase R$ 30 milhões e ocupará uma área de 200 mil metros quadrados no distrito de Lácio.
O Univem é a instituição gestora do parque. Um dos requisitos para a instalação é a existência de um Centro de Inovação Tecnológica e de um Centro Incubador de Empresas, que já funcionam dentro do campus da universidade. Um projeto em 3D do parque foi contratado pelo Univem e desenvolvido pela empresa NPC Arquitetura.
Na época da divulgação do projeto, o prefeito Daniel Alonso chegou a citar que Marília seria conhecida como “Vale do Silício do Centro-Oeste Paulista”, mas na prática pouco foi feito. O parque é um ambiente onde são instaladas diversas empresas de segmentos diferentes, com focos semelhantes, permeados em tecnologia. O que o difere de um distrito industrial é a gestão voltada à inovação, que estabelece estratégias para integração entre as empresas com as instituições de ensino e pesquisa, além de serviços especializados para apoiar a competitividade e inovação em cada segmento das empresas instaladas no ambiente.
