Marília está entre as 20 cidades do Brasil com menores taxas de homicídio

Delegado seccional de Marília, Wilson Frazão, analisa os homicídios. Foto: Arquivo pessoal

O município de Marília está entre as 20 cidades com mais de 100 mil habitantes com as menores taxas de homicídios do Brasil, ocupando a 19ª posição, revelou o Atlas da Violência 2024, divulgado na última semana pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O estudo analisou números referentes a 2022. Naquele ano, Marília registrou 15 assassinatos estimados, que é a soma dos “homicídios registrados” no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério de Saúde, e dos “homicídios ocultos”, classificados como mortes violentas com causa indeterminada, mas que seriam homicídios.

Com isso, o município chegou à taxa de 6,3 homicídios por 100 mil habitantes. O dado é inferior a outros da região, como Ourinhos (7,7), Bauru (9,5), Assis (10,8) e Presidente Prudente (11,1). Ao todo, o País contabiliza 319 cidades com mais de 100 mil moradores.

Estão em posições melhores que Marília os municípios paulistas Botucatu (3,4), Salto (4,5), Bragança Paulista (4,5), Araraquara (4,5), Jaú (5,2), Poá (5,8), Mogi das Cruzes (6,0), Valinhos (6,3) e Votorantim (6,3).

EVOLUÇÃO /No Atlas da Violência de 2019, que se baseou em dados de 2017, Marília estava na 37ª posição, com taxa de 15 mortes por 100 mil habitantes.

Em entrevista ao O DIA, o delegado titular da Delegacia Seccional de Marília, Wilson Frazão, avalia que os números atuais indicam que a cidade pode ser considerada segura em comparação a municípios de mesmo porte.

“Houve um investimento grande em material humano e, assim, passamos a conseguir esclarecer os crimes mais rapidamente. Isso refletiu na prevenção secundária, que é passar para a sociedade a sensação de que o crime não compensa e evitar novas práticas”, explica Frazão.

Exemplo disso, segundo o delegado, é que praticamente todos os assassinatos registrados na cidade nos últimos três anos foram esclarecidos.

“Notamos que a maioria deles, atualmente, não têm relação com a criminalidade, como uma disputa entre facções ou grupos rivais, que geram muitas mortes. São casos individuais”, conclui.

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