Marília já pode ter ultrapassado a marca dos dez mil casos de dengue em 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde e do Painel de Arboviroses do Estado de São Paulo, que apontam a notificação de 10,7 mil casos prováveis da doença, até novembro. Ambos os levantamentos confirmam o registro de mais uma morte, totalizando 18 neste ano.
Casos prováveis são a soma dos confirmados com aqueles que estão em investigação. O Nies (Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde), do Governo de SP, registrou, até o dia 27 deste mês, 9.906 confirmações da doença, enquanto boletim da Secretaria Municipal da Saúde demonstrava, até o dia 23, um total de 9.844 casos de dengue em Marília. Apesar das pequenas divergências entre os órgãos, está constatada a situação preocupante no município.
O número de mortes causadas pela dengue até o momento aumentou para 18, com outras oito sendo investigadas. De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres representam 56% dos casos de dengue no município, contra 44% dos homens. A faixa etária mais atingida está na população entre 40 e 49 anos, com 1.714 pessoas contaminadas.
Em outubro, Marília integrava lista de oito cidades do Centro-Oeste paulista em estado de alerta para um possível surto de dengue, de acordo com o Liraa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), realizado no início de outubro, ao lado de Presidente Alves, Lins, Reginópolis, Quintana, Agudos, Sabino e Paulistânia, com incidência de larvas do mosquito Aedes aegypti entre 1% e 3,9%, segundo levantamento dos agentes de saúde. As classificações do índice são divididas em: satisfeito (menos de 1%), alerta (entre 1% e 3,9%) e em risco (acima de 4%).
Diante do avanço da doença, as autoridades reforçam a importância de eliminar criadouros do mosquito e buscar atendimento médico se constatado sintomas mais graves.