Mortes provocadas por tuberculose crescem 150% em Marília este ano

O número de mortes provocadas pela tuberculose em Marília este ano mais que dobrou, segundo os dados dos boletins de doenças de notificação compulsória divulgados no Portal da Transparência. Até a 32ª semana epidemiológica, encerrada no último dia 10, a cidade notificou cinco óbitos pela doença. Já no mesmo período do ano anterior eram duas (+150%). Casos também apresentaram acréscimo este ano, de 9,3%, chegando a 47.

Na quarta-feira, dia 14, a Secretaria Municipal de Saúde informou o quinto óbito por tuberculose de 2024, ocorrido em junho, mas só confirmado agora. Segundo o município, trata-se de um homem, de 76 anos, com quadro de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), etilista e tabagista. Ele foi internado no dia 6 de junho, mas estado de saúde se agravou e faleceu no hospital onde estava internado em 17 do mesmo mês.

O total de perdas para a doença este ano já é quase o mesmo de todo o ano anterior, quando a cidade notificou 63 casos e seis óbitos por complicações. Em 2024, o primeiro óbito por tuberculose ocorreu em janeiro, o segundo em março, o terceiro em abril e o quarto em junho. A maior parte das vítimas é do sexo masculino.

A tuberculose é uma doença grave, mas que tem cura se o diagnóstico for precoce e o tratamento iniciado rapidamente. Apresenta, entre os principais sintomas, tosse persistente (com ou sem secreção), perda de peso, sudorese noturna e febre. É uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A transmissão é por via respiratória, pela eliminação de gotículas produzidas pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com a doença ativa sem tratamento.

A rede básica de saúde conta com equipes para o atendimento relacionado à doença, do diagnóstico ao tratamento. Os postos de saúde oferecem o exame de baciloscopia, que pode identificar se o paciente é portador da tuberculose. No tratamento da tuberculose inicial, a chance de cura chega a 95%.

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