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Obras paralisadas após deslizamento na BR-153 aumentam riscos e preocupam motoristas

Foto: Wagner Montty

As obras na BR-153 (Rodovia Transbrasiliana), no trecho da Serra de Marília — entre os quilômetros 264+400 e 264+350 —, permanecem paralisadas. A intervenção, iniciada após o deslizamento ocorrido em agosto de 2025, foi adiada até a conclusão da contratação da empresa responsável pela execução dos serviços. Segundo a Concessionária Triunfo Transbrasiliana, o processo está em fase final e a retomada deve ocorrer assim que a nova contratada for oficialmente definida.

Enquanto isso, motoristas que utilizam diariamente o trecho relatam más condições de tráfego, com agravante de buracos, pista irregular e passagem obrigatória pelo acostamento, o que torna o deslocamento ainda mais perigoso. A lentidão na retomada das obras tem gerado preocupação entre usuários e moradores da região.

De acordo com a assessoria de comunicação da concessionária, o projeto é “bastante complexo” e envolve análise técnica detalhada, com acompanhamento da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do MPF (Ministério Público Federal).

A Triunfo informou ainda que mantém monitoramento topográfico contínuo no local, operação assistida 24 horas pelo CCO (Centro de Controle de Operações) e sinalização reforçada para garantir a segurança dos usuários e a estabilidade das encostas. “Até o momento, não foram detectadas novas movimentações no trecho. A concessionária reafirma seu compromisso com a segurança viária, a transparência com os órgãos fiscalizadores e o cumprimento integral das normas técnicas e contratuais vigentes”, destacou em nota.

Apesar do monitoramento, quem passa pelo local afirma que a sinalização é insuficiente e o tráfego, por vezes, confuso, especialmente durante a noite.

Conforme a Triunfo, as intervenções seguem dentro do cronograma técnico e administrativo estabelecido após o deslizamento de material rochoso, ocorrido em 2 de agosto. Imediatamente após o incidente, foram adotadas medidas emergenciais de segurança, como isolamento da área, implantação de sinalização, desmonte manual de blocos instáveis e recomposição da drenagem. Essas ações foram concluídas em 11 de setembro de 2025, permitindo a liberação parcial do tráfego.

A partir da conclusão dessa etapa, o projeto definitivo de recuperação foi finalizado, possibilitando a abertura de nova cotação para execução das obras, conforme as regras de governança da concessionária. No entanto, quase três meses após o deslizamento, o trecho segue sem avanço visível.

A reportagem entrou em contato com a ANTT para comentar a situação, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

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