A Polícia Civil de Marília investiga possíveis irregularidades no armazenamento e descarte de medicamentos de alto custo pelo DRS-9 (Departamento Regional de Saúde) da Secretaria Estadual de Saúde. A investigação deve esclarecer se houve crime de improbidade administrativa que teria causado prejuízos aos cofres públicos.
Na última segunda-feira (24), uma equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) encontrou 407 caixas de medicamentos, alguns vencidos há vários anos, armazenadas em uma sala improvisada no prédio onde funciona o departamento e a Medex, farmácia de alto custo do Governo de São Paulo.
Servidores informaram que a sala era utilizada para videoconferências. A diretora do órgão, Célia Maria Marafiotti Neto, afirmou que os medicamentos estavam em processo de baixa e seriam encaminhados para descarte adequado. A apreensão dos medicamentos foi realizada, e eles foram mantidos no local como parte da investigação. O espaço também passou por perícia para auxiliar na apuração dos fatos.
A investigação foi iniciada após uma denúncia recebida pela Seccional de Polícia, que alertava sobre o armazenamento inadequado de medicamentos vencidos, alguns de alto custo, sem distribuição.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou ao O DIA que o DRS de Marília colabora com as autoridades policiais. A pasta também afirmou que o departamento responsável pelo material excedente da região segue rigorosamente os procedimentos de descarte de medicamentos vencidos, conforme o Decreto nº 50.179, de 7 de agosto de 1968. A nota também destacou que os itens estavam segregados em uma área identificada para produtos impróprios, aguardando descarte.