Estudo publicado neste mês pela Fundação Seade mostra que a população da região administrativa de Marília, de 973,3 mil pessoas, estimada no ano passado, lê pouco e prefere ir a shows e espetáculos de dança e teatro que ao cinema e museus. O levantamento é uma análise referente a 2023 da percepção dos moradores em relação à oferta, qualidade e utilização de serviços culturais no estado de São Paulo, com recorte das regiões administrativas.
Na região de Marília, 35% não leram nenhum livro em 2023, 25% apenas um, 28% de dois a cinco e 12% mais de cinco livros. A proporção dos que não leem é maior que do estado de São Paulo, que chegou a 29%.
Já a proporção dos que apontaram ter frequentado shows ou espetáculos de música, dança, teatro, circo ou outras artes é maior: 47%, quase a média estadual, que é de 48%, mas menor que das regiões de Presidente Prudente (56%), Araçatuba (55%) e Bauru (48%).
Em relação ao cinema, apenas 29% dos moradores da RA de Marília estiveram em uma sala no ano passado. Quanto aos que frequentaram um museu e uma biblioteca a proporção é ainda menor, de 25% e 22%, respectivamente. No primeiro caso, a região ficou abaixo da média estadual, que foi de 32%, mas no segundo, acima, já que o estado apresentou índice de 21%.
Entre os que conhecem cursos de música, dança, teatro e circo, a proporção é de 45%. Já a dos que frequentaram essas formações é de 17% na região. Das atividades culturais frequentadas pela população em 2023, 20% eram todas gratuitas, 38% a maioria gratuitas, 32% a maioria pagas e 10% todas pagas.
A maior proporção dos moradores teve a internet como fonte de informação sobre eventos culturais gratuitos, 47%, e 30% outros meios. Os que gostariam que a região tivesse outras atividades culturais são 90%. Segundo a Seade, o objetivo do levantamento é contribuir para o aprimoramento das políticas culturais.