Moradores do conjunto habitacional “Paulo Lúcio Nogueira”, popularmente conhecido como predinhos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na região Sul, fizeram manifestação nessa segunda-feira, dia 15, em frente à prefeitura. Ato foi organizado para cobrar do município o cumprimento de decisão judicial do dia 18 de dezembro, que determina a remoção das famílias do local e pagamento de aluguel social até a construção de novas moradias.
Em vez de dar uma resposta direta aos moradores quanto ao prazo para a remoção, a prefeitura, em nota à imprensa, reafirmou que a responsabilidade pelos prédios é da CDHU e que a mobilização “teve caráter panfletário e total viés político”. Destaca que tem realizado gestões junto ao governo do estado para encontrar uma solução à situação e que houve a identificação dos manifestantes, e que eles estão ligados a um vereador de oposição. “Outra evidência do uso partidário e político do fato está ligada aos dizeres e ao teor dos ataques. A Prefeitura de Marília se colocou à disposição para reunião, porém, em princípio, todos os manifestantes recusaram o diálogo e não quiseram aderir à audiência. A administração continua à disposição dos moradores do CDHU e segue na gestão para encontrar uma resolução.”
A manifestação foi planejada na semana passada e divulgada por meio das redes sociais. Aproximadamente 40 pessoas se concentraram em frente ao Paço Municipal para tentar chamar atenção e exigir posicionamento do atual prefeito, Daniel Alonso (sem partido). Renata Ferreira da Silva, uma das lideranças e moradora do conjunto habitacional, afirma que, até o momento, a prefeitura não falou diretamente com os moradores. “Estamos desinformados desde a condenação. Só ficamos sabendo o que acontece por causa do processo. Pedimos também que o prefeito ouça o Conselho de Habitação, para poder ajudar os quatro mil habitantes daqui.”
Até o fechamento desta matéria, ainda não havia decisão sobre pedido do Ministério Público e da Defensoria do Estado para aplicação de multa de R$ 10 mil por dia por descumprimento da determinação de remoção pela prefeitura.