O Governo do Estado de São Paulo anunciou a liberação de R$ 5,9 milhões para reforçar o monitoramento e o combate a incêndios florestais com aeronaves. Os recursos, destinados à Casa Militar, permitirão a contratação de 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo, somando 420 horas de operação.
As aeronaves desempenham papel fundamental no enfrentamento ao fogo em regiões de difícil acesso por terra, como unidades de conservação. Além de lançar água diretamente sobre as chamas, elas auxiliam na localização de focos de calor e na coordenação das equipes terrestres.
Entre as prestadoras de serviço contratadas pelo Estado está a Sadag – Serviços Aéreo de Defesa Agrícola, de Assis, que já mantém parceria antiga com o governo paulista. A empresa firmou novo contrato em julho deste ano, com a Fundação Florestal, no valor de R$ 615 mil e vigência de 12 meses, para a locação de aeronaves destinadas ao combate a incêndios em coberturas vegetais (Processo nº 262.00005226/2025-09, Pregão Eletrônico nº 90014/2025). A área de cobertura inclui municípios da região de Marília, que passam a contar com suporte direto das operações aéreas em caso de necessidade.
O Estado já dispõe de 1.200 horas de voo contratadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e 200 horas pela Defesa Civil. Os helicópteros da Polícia Militar também integram as ações, coordenadas pela Operação SP Sem Fogo, em fase vermelha desde junho devido ao agravamento das queimadas.
Além dos reforços aéreos, o efetivo em terra foi ampliado nesta semana, com a criação de 15 novas equipes em Unidades de Conservação, 45 bombeiros civis, 15 veículos 4×4 equipados com motobombas e novos equipamentos de controle do fogo. Com isso, o contingente passou de 57 para 102 profissionais, aumento de quase 80%.
O Governo de São Paulo também mantém um Gabinete de Crise desde 23 de agosto para coordenar o enfrentamento. Segundo dados oficiais, o número de focos de calor no Estado cresceu 386% entre janeiro e agosto deste ano em comparação a 2023. No mesmo período, cerca de 8.049 propriedades rurais foram atingidas em 317 municípios paulistas, reforçando a urgência das medidas adotadas.