Os médicos residentes das especialidades cirúrgicas do HC-Famema (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília) retornaram às atividades na última sexta-feira (28). A decisão foi tomada após os grevistas reconhecerem a iniciativa do hospital e da Secretaria Estadual da Saúde em tentar solucionar a falta de anestesistas e o rodízio cirúrgico.
Segundo comunicado dos residentes, as contratações realizadas até o momento não garantem a plena continuidade dos serviços. O rodízio de cirurgias continuará em março, prejudicando residentes e pacientes que aguardam procedimentos.
No entanto, a paralisação foi suspensa, apesar das dificuldades, pois os residentes compreenderam que a falta de anestesiologistas não pode ser resolvida a curto prazo. “Não desejamos prejudicar o atendimento à população, que é a nossa principal prioridade. Ainda há desafios a serem superados para o retorno ao fluxo do centro cirúrgico e realização das cirurgias eletivas. A gestão do hospital informou que existe uma expectativa de resolução desta situação nas próximas semanas, sendo 60 dias um período estimado para a solução definitiva”, informaram.
Os residentes continuarão reivindicando medidas para normalizar o fluxo cirúrgico. Caso o problema persista após 60 dias, uma nova paralisação poderá ser deflagrada.
Em 21 de fevereiro, os residentes iniciaram a greve reivindicando a contratação de anestesistas para encerrar o rodízio de cirurgias eletivas. Na ocasião, o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, que estava em Marília, prometeu resolver a situação. O hospital publicou, na última semana, um edital para contratação de serviços de anestesiologia, visando normalizar as cirurgias nos próximos meses.