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Trabalho análogo à escravidão cresce quase 50% na região de Marília

A semana começou com o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, sempre lembrado no dia 28 de janeiro e, pra marcar a data, o MPT (Ministério Público do Trabalho) divulgou a quantidade de denúncias de trabalho análogo à escravidão no ano de 2023 na região de Marília. Segundo o órgão, esse dado cresceu 47,8% no ano passado, na comparação com 2022.

Levantamento feito pelo MPT mostra que foram 34 denúncias em 2023 e 23 em 2022. Para o coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, Marcus Vinícius Gonçalves, os números demonstram o resultado do trabalho articulado das instituições que combatem a prática. 

“Temos observado que houve um agravamento da precarização no ambiente de trabalho, por isso, acreditamos ser necessário intensificar o trabalho de conscientização da população acerca da importância da denúncia. O trabalho escravo ainda existe, inclusive nos grandes centros urbanos, e apenas por meio da denúncia é possível tirar os casos da obscuridade e trazê-los à superfície, onde é possível levar justiça às vítimas e responsabilizar os culpados”, esclarece o procurador.

Campinas é a região do interior do estado de São Paulo com mais relatos deste crime, com 87 denúncias, seguida por São José do Rio Preto, com 63. O número de Termos de Ajuste de Conduta (TAC) celebrados com empregadores que reduziram trabalhadores à condição análoga à escravidão, ou que se utilizaram do tráfico de pessoas, também cresceu na 15ª regional do MPT. Em 2023, foram firmados 76 TACs e, em 2022, 53 termos, com aumento de 43,3%.

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