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Violência autoprovocada cresce e vereador cobra cumprimento de lei em Marília

Danilo da Saúde durante atuação na Câmara; vereador cobra cumprimento de lei. Foto: Assessoria de Imprensa

Os casos de violência autoprovocada em Marília apresentam um aumento de 120%, segundo o 24º boletim dos agravos de notificação compulsória, com dados até o dia 17. São 319 notificações este ano, ante 145 no mesmo período do ano passado. Com a explosão de ocorrências, o vereador Danilo Bigeschi, o Danilo da Saúde (PSDB), voltou a cobrar do prefeito Daniel Alonso (PL) o cumprimento da Lei Ordinária nº 8.730, de 8 de outubro de 2021, de sua autoria, em requerimento que será votado nesta segunda-feira, dia 24, na Câmara.

A legislação estabelece as diretrizes e estratégias para a divulgação, orientação e tratamento psicológico e psiquiátrico às pessoas com sintomas relacionados ao transtorno de estresse pós-traumático, à depressão, à ansiedade e ao pânico.

“Diariamente recebemos diversas reclamações da população relatando a dificuldade em ter acesso aos serviços de saúde, em especial aos relacionados à saúde mental, mesmo com uma importante lei vigente no município. Informações dos boletins de agravos mostram um aumento dos casos registrados em relação ao ano passado, contudo ainda não identificamos a adoção de estratégias, investimentos e ações para o enfrentamento desse grave problema de saúde pública que vitimiza jovens, adultos e idosos, deixando sequelas emocionais em seus familiares, que precisam também ser acolhidos”, analisa o vereador.

Danilo da Saúde lembra que a depressão pode gerar condições que levam a um padrão de comportamento suicida, como já amplamente divulgado. “Dentre os diagnósticos psiquiátricos associados ao suicídio, ela [depressão] se destaca sobremaneira. E a principal queixa de pacientes e familiares é a falta de acesso às consultas e tratamento na rede básica de saúde.”

O vereador diz ainda que Marília figura entre as cidades com o maior índice de suicídios no estado de São Paulo e que informações oficiais da Secretaria Municipal da Saúde apontaram a existência de 3.172 pacientes aguardando agendamento de consulta com psiquiatra. A oferta mensal da rede básica é de 52 atendimentos, causando tempo médio de espera de mais de cinco anos. Ele pede que cópia do requerimento seja encaminhada ao Conselho Municipal da Saúde, aos hospitais, postos de saúde e Centros de Atenção Psicossocial.

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