Polo regional, Marília completa nesta quinta-feira, 4 de abril, 95 anos de emancipação político-administrativa com conquistas a serem comemoradas, mas com desafios pela frente. Nascida como Alto Cafezal, a cidade, que hoje é conhecida como Capital Nacional do Alimento, teve seu crescimento iniciado com a produção agrícola, sobretudo a cafeicultura e depois o algodão. Com a chegada das indústrias de beneficiamento, o comércio e serviços se desenvolveram e a vocação regional começou a ficar evidente. Hoje, é referência para 62 municípios, 1,2 milhão de pessoas, em diversos setores, como saúde, educação e comércio.
Mesmo hoje uma “jovem senhora”, Marília, desde muito cedo, teve que se reinventar por algumas vezes. Como tinha uma economia baseada na atividade agrícola, era dependente de acontecimentos externos, que, por vezes, a fragilizaram, mas o município soube diversificar seus rendimentos e conseguiu manter o crescimento mesmo em meio às crises.
Hoje, além das vocações já consolidadas, desponta em outras, como a tecnologia, mas há desafios a serem enfrentados, segundo o presidente da Acim (Associação Comercial e de Inovação de Marília), Carlos Francisco Bittencourt Jorge. Para o dirigente, o principal deles é a mudança de cultura, compreendendo que a inovação vai além da tecnologia. “A inovação não está só na tecnologia, como muitos pensam, mas nas pessoas. A tecnologia pode ser utilizada no processo de inovação, claro, contudo ela é apenas o meio. O fim são as pessoas”.
Ele comenta que a entidade entende que, para grandes mudanças, é necessário alimentar um ambiente que fomente a inovação, o conhecimento e a criatividade. “A inovação deixou de ser só um diferencial competitivo e vem se tornando quase uma obrigação para todas as organizações, sejam públicas ou privadas. Quanto mais cedo entenderem isso, melhor. Os resultados virão”.
Com a inovação, segundo o presidente, em todas as áreas, é possível criar novas possibilidades e construir um futuro melhor para todos.