A Polícia Civil recebeu nesta terça-feira (21) uma nova denúncia contra um médico psiquiatra, que já é investigado por diversos casos de importunação sexual em Marília e região. A nova vítima é moradora de Getulina e relatou que o crime teria ocorrido durante uma consulta na cidade de Lins, entre os anos de 2020 e 2021.
A mulher contou que iniciou tratamento psiquiátrico com o médico, tendo realizado apenas algumas consultas, já que também era acompanhada por outro profissional. Nas primeiras sessões, segundo o relato, o atendimento transcorreu normalmente, mas em uma das consultas o comportamento do médico teria mudado.
A vítima relatou que, ao final do atendimento, o psiquiatra pediu que ela abaixasse a máscara, que tinha uso obrigatório na época devido à pandemia da Covid-19. Ao atender ao pedido, o médico tentou beijá-la, e diante da resistência da paciente, beijou-lhe o rosto e a abraçou. A mulher deixou o consultório em seguida e não voltou mais a procurá-lo.
O caso teria ocorrido em um consultório localizado na rua Floriano Peixoto, em Lins, estrutura que, segundo a vítima, não existe mais. Por medo e constrangimento, ela não procurou a polícia na época, mas decidiu registrar a denúncia após a repercussão recente das investigações em Marília, que motivaram outras mulheres a relatarem situações semelhantes.
Com o novo registro, sobe para 23 o número total de vítimas atribuídas ao médico. São 17 casos de importunação sexual em Marília, quatro em Garça, uma em Getulina (com o fato ocorrido em Lins) e um caso de estupro também em Marília.
As investigações seguem em andamento pela Polícia Civil de Marília, que reúne todos os casos sob coordenação da equipe da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).
