A partir de 2026, as escolas da rede estadual de São Paulo terão o número de gestores definido de acordo com o total de alunos atendidos. Quanto maior o porte da unidade, maior será o quadro de direção e coordenação pedagógica. A medida integra o pacote de ajustes administrativos da Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado), que busca aumentar a eficiência da gestão e melhorar os índices de aprendizagem.
Em Pompeia, a Escola Estadual Cultura e Liberdade está entre as unidades que passarão por mudanças. Com 1.170 estudantes, a instituição se enquadra na faixa a partir de 501 matrículas, na qual o número de gestores cresce de forma progressiva.
Pelo novo modelo, escolas com até 200 alunos terão, no mínimo, um diretor, um coordenador pedagógico (CGP), um gerente de organização escolar (GOE) e um agente de organização escolar (AOE). Já aquelas entre 201 e 500 estudantes contarão com um vice-diretor e reforço de um a três servidores AOE. Em unidades com mais de 1.500 alunos, o número de profissionais na gestão poderá chegar ao triplo do atual. Os detalhes serão definidos em resolução.
“O pacote de ajustes é uma resposta da Secretaria a uma demanda das próprias escolas e unidades regionais de ensino que apontam complexidade na gestão em unidades com muitos estudantes e um corpo docente extenso. Identificamos que o melhor caminho é o de rebalancear a distribuição dos gestores escolares e apoio administrativo de uma forma mais equitativa e, assim, garantir uma equipe pedagógica proporcional ao tamanho e necessidades das escolas”, explica Renato Feder, secretário da Educação de São Paulo.
Outra mudança será a reestruturação da função dos coordenadores de gestão pedagógica por área de conhecimento (CGPAC), atualmente responsáveis por supervisionar e organizar as ações pedagógicas de cada área, conforme o número de turmas, cargo hoje exclusivo de docentes efetivos.
A partir de 2026, essa atribuição passará ao professor articulador por área de conhecimento (PAAC). A carga horária será definida pelo número de docentes — podendo chegar a até seis profissionais em escolas maiores — e a função poderá ser assumida por qualquer professor com aula atribuída.