O prefeito de Marília, Vinicius Camarinha, enviou à Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 236/2025, que declara o Aeroclube de Marília como Patrimônio Cultural do Município e propõe a revogação da Lei nº 9.233/2025, responsável por instituir o tombamento do imóvel onde a entidade funciona. A proposta, ainda em análise pelo Legislativo, redefine a forma de proteção ao Aeroclube e abre caminho para sua transferência para outra área da cidade.
De acordo com a Exposição de Motivos encaminhada pelo chefe do Executivo, a mudança legislativa é necessária para viabilizar as obras de reforma e remodelação do Aeroporto Estadual Frank Miloye Milenkovich, conduzidas pela concessionária Rede Voa. Em reunião realizada no dia 9 de outubro, representantes da Prefeitura, do Aeroclube e da concessionária acordaram que o município fará a doação de uma área de 3.259,56 m² no Jardim Itamaraty, lindeira ao aeroporto, condição exigida para que a entidade mantenha suas autorizações federais de funcionamento.
O novo projeto mantém o reconhecimento cultural do Aeroclube, mas substitui o tombamento — que impõe restrições e controle rígido sobre alterações no imóvel — por um modelo mais flexível, permitindo intervenções e a mudança de sede. A proposta também autoriza a criação de um Programa de Valorização voltado ao fortalecimento das atividades de formação de pilotos, eventos aeronáuticos e iniciativas educacionais.
Fundado em 1940 e declarado de utilidade pública em 1949, o Aeroclube de Marília é considerado uma das entidades aeronáuticas mais tradicionais do interior paulista, responsável pela formação de gerações de pilotos e pela difusão da cultura da aviação na região. A nova sede, caso o projeto seja aprovado pela Câmara, permitirá que a instituição permaneça ativa enquanto as obras do aeroporto avançam.