De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o volume de vendas para o Dia das Crianças deverá registrar R$ 9,35 bilhões no país este ano. Caso essa projeção seja confirmada, o varejo apresentará um crescimento de 2,6% em relação a 2023, o que representa sinal verde para as vendas do final de ano na avaliação da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A prévia positiva para o Natal deverá se manter, principalmente, se o otimismo dos consumidores permanecer e o comércio ajustar estoques e promover ofertas.
Em Marília, as lojas funcionam em horário estendido para atender à demanda de compras. Pesquisas indicam que as crianças devem ganhar itens dos segmentos de vestuário e calçados, além de eletrônicos e brinquedos. E, já dentro do planejamento de estratégias para aumentar as vendas, a Acim (Associação Comercial e de Inovação de Marília) criou um comitê para discutir a programação natalina, com o objetivo de organizar as ações, analisar o que deu certo e o que pode melhorar. Este ano, o horário especial do comércio vai de 6 a 22 de dezembro.
TEMPORÁRIOS /Paralelo a isso, segundo o superintendente da Acim, José Augusto Gomes, os comerciantes já começam a fazer o processo de seleção para contratação de temporários, prevendo o aumento da demanda no final do ano. “A contratação de temporários visa também já a Black Friday, no final de novembro, uma vez que o movimento aumenta bastante e as empresas têm que estar preparadas para isso”, disse.
Ele explica que, em média, cada estabelecimento contrata extras que equivalem de 20% a 30% do volume de funcionários e que o período de outubro é usado como treinamento. “A Associação vê com bons olhos esse processo todo e apoia os comerciantes nesse sentido por entender que a contratação temporária é uma oportunidade de renda extra, que se reflete também no comércio, e representa uma possibilidade de trabalho fixo, nos casos de bom desempenho, por exemplo”.
EMPREGO E SALÁRIO /A perspectiva positiva para as vendas do fim de ano está alicerçada em condições de consumo mais favoráveis, impulsionadas pelo aquecimento do mercado de trabalho. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua indicou que a taxa de desemprego ficou em 6,8% (agosto/2024) — o menor patamar em mais de uma década. Além disso, a massa real de rendimentos registrou um avanço de 8,3% nos últimos doze meses, impactada pela política de valorização do salário mínimo.
“As boas condições do mercado de trabalho e a melhoria no rendimento das famílias são os fatores que nos permitem projetar um crescimento de vendas neste ano”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac. Segundo ele, o setor varejista tem encontrado mais estabilidade, e isso se reflete diretamente nas expectativas de alta na movimentação.