O Projeto Amor de Criança foi um dos destaques do pacote de ações anunciado recentemente pela Prefeitura de Marília para a ampliação do atendimento às pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Durante cerimônia oficial, foi formalizado o apoio do município ao credenciamento do projeto como Ambulatório de Doenças Raras — um marco inédito tanto para Marília quanto para o estado de São Paulo.
A medida representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo projeto, que atualmente acolhe mais de 600 crianças com paralisia cerebral, oferecendo um cuidado humanizado e de excelência para famílias de toda a região.
Segundo a superintendente do HBU (Hospital Beneficente Unimar), Márcia Mesquita Serva Reis, o momento vai além do reconhecimento institucional. “Mais uma vez, vimos o fortalecimento da rede de cuidados em saúde mental e o protagonismo do Hospital Beneficente da Unimar neste cenário, especialmente com o Projeto Amor de Criança, liderado com tanto carinho pelo médico Francisco Agostinho”, destacou.
O projeto já se tornou referência regional em atenção especializada. “Esse projeto já é abraçado por toda a cidade de Marília. Ele não é apenas da Unimar, é um patrimônio coletivo que transforma vidas e enche de esperança centenas de famílias”, acrescentou Márcia.
Durante o evento, o prefeito Vinicius Camarinha autorizou também a ampliação dos serviços voltados ao TEA, com um investimento de mais de R$ 700 mil mensais. Com esse reforço, serão viabilizados mais de 1.700 atendimentos por mês, incluindo serviços de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e atendimento médico.
Entre os avanços anunciados, destaca-se o apoio da Prefeitura à submissão do Projeto Amor de Criança ao Ministério da Saúde como linha de cuidado voltada às doenças raras — especialmente aquelas relacionadas à origem de quadros de paralisia cerebral. “Essa é uma oportunidade de esperança real. Cumprimos todos os requisitos da portaria ministerial, mas não avançaremos sozinhos. Precisamos dessa união com o município para mostrar que este Ambulatório atuará em rede, integrando ciência, educação e assistência”, afirmou Márcia.
Ela também ressaltou que a proposta vai além do atendimento clínico. “A Unimar e o Hospital Beneficente formam um ecossistema onde ciência e assistência caminham juntas. Esse é o espaço onde descobertas podem acontecer, onde podemos transformar realidades com base na educação e no conhecimento”, completou.