Dados do 1º Boletim do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro) de 2024, divulgado nesta semana pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, mostram que a alface teve queda no preço médio de 18,01%. O estudo, publicado mensalmente, analisa os preços de frutas e hortaliças comercializados nas Ceasas (Centrais de Abastecimento) pelo país. Mas não foi o que aconteceu em Marília.
Segundo o presidente da Coophomar (Cooperativa de Produtores de Hortifrutis de Marília), Helton Aparecido Bittencourt, atualmente a alface é vendida na Central da cidade, que fica na região Norte, em média, por R$ 9 o pé e, há pelo menos seis meses, vem sendo afetada pelo clima, assim como outros produtos. O calor é o maior motivo para encarecer a verdura, afirma o representante do grupo de produtores. Até agosto do ano passado, um pé era vendido por um terço do atual valor.
O último levantamento da Conab também mostra que a feira ficou mais cara para o atacadista que comprou batata. O tubérculo, do tipo inglesa, apresentou subida no preço de 20,37%, pelo terceiro mês consecutivo. Na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), a alta chegou aos 23,68%. Em Marília, além da batata, a Coophomar informa que a cebola e cenoura também estão mais caras, inclusive em outras unidades comercializadoras do país, como em Campo Grande-MS, Goiânia-GO e Londrina-PR. A batata, por exemplo, tem cerca de 80% de aumento no preço se comparar o valor atual com os praticados em junho, julho e agosto do ano passado. Hoje ela é comercializada em Marília por R$ 145,00 a saca de 25kg.