Um bilhão e seiscentos milhões de reais. Essa é a dívida que a Prefeitura de Marília pode atingir até o final deste ano. Trezentos milhões de reais a mais do que a conta atual, que chegou a R$ 1,3 bi, segundo o Sadipem (Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União, Estados e Municípios). A projeção foi feita pelo professor Marcelo Fernandes de Oliveira, docente na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e que já publicou o artigo de pesquisa “Análise da Evolução da Dívida de Marília”.
De acordo com o professor, o principal gargalo da situação é o Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília). “Se levarmos em conta o crescimento do ritmo de endividamento, o atual mandato pode deixar a cidade com um orçamento comprometido em torno de 1,6 bilhão”, afirma.
O maior aumento nos últimos anos foi em 2020, já na gestão do atual prefeito, Daniel Alonso. A dívida passou de R$ 310 mi para R$ 597 mi e cresceu em mais de 90%. A conta entrou na casa do bilhão, em 2002, quando atingiu o valor de R$ 1,2 bi. E no ano passado alcançou os R$ 1,3 bi.O problema mais grave é com o Instituto de Previdência. Dentro da dívida consolidada, que precisa ser paga no período de 12 meses e que atualmente está em R$ 757.652.268,04, existe o valor de R$ 557.464.321,93 que é do parcelamento e renegociação de contribuições previdenciárias. Na dívida flutuante o valor também ultrapassa os R$ 550 mi. O compromisso com os precatórios também chama a atenção e chega aos R$ 122.897.276,02.